segunda-feira, 8 de março de 2010

O início desse desassossego!


Já era tanto tempo. Não tinha desistido, aprendi a não desistir... só... adiar. Quando tudo fizesse sentido, quando eu tivesse mais o que falar, depois de um pouco do vivido...mas...surgiu você, no olhar nenhum disfarce, enigmas não são disfarces são convites, bem longe de qualquer ressaca eu mergulhei no topo de seu olhar, penso que olhares como o seu são feitos de mar, o mar calmo de um fim de tarde lambendo a areia pisada na praia, tanta paz, ou o pico alto de uma revolta das ondas guerreando pelo que buscar, e foi nesse topo mais alto, numa onda de mar, dentro de seu olhar que eu fui fisgado, por essa ausência essa urgência, mais, mais que desejar, minha virilidade respirou esses novos ares e preparei-me com ganas pro novo embarque, a rocha firme do que eu fui talhado a ser desatinou dos novos caminhos, desejos cruzados, cortado por um rio profundo que em suas correntes revela cardumes de uma amizade me trouxeram de volta pra sua margem, um encontro a se adiar, talvez pra sempre, sempre....sempre é o perigo de outros descobrirem esse seu olhar.

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